domingo,
5
de
His books facinate me poe'
- Tive um sonho uma vez. A princípio, tiveram para mim o aspecto de uma caridade, e pareceram-me anjos brancos e esguios que deveriam salvar-me. Mas de repente, uma náusea mortal invadiu-me a alma, e senti que cada fibra de meu corpo estremecia como se houvesse tocado os fios de uma bateria galvânica. As formas angélicas se converteram em inexpressivos espectros com cabeças de chama, e vi que não poderia esperar delas auxílio algum. Então, como magnífica nota musical, insinuou-se em minha imaginação a idéia do doce repouso que me aguardava no túmulo. Chegou suave, furtivamente - e penso que precisei de muito tempo para apreciá-la devidamente. Despertei. Quando despertamos do mais profundo sono, desfazemos as teias de aranha de algum sonho. E, não obstante, um segundo depois não nos lembramos de haver sonhado, por mais delicada que tenha sido a teia. Comigo não é diferente. E na maioria das vezes tento encontrar todas as lembranças eloqüentes do abismo do outro mundo.'
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D.
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