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Eu precisei de uma noite somente, uma noite como esta para dilacerar-me. Talvez eu soubesse de tais desejos malignos que andavam escondidos. Por algumas semanas eu tenho permanecido muito neste "Talvez" inconfundível. Não compreendo o porque desta incerteza fútil que insiste em andar ao meu lado. Eu sei que parece um tanto imbecil se importar com tantas indecisões, afinal, nós, seres humanos, somos cheios delas. Porém, eu tento ter menos insegurança para com as coisas. Acordei a um momento atrás, assustada, nada normal para uma segunda-feira. - Não vou aprofundar-me no aspecto sonhoEu precisaria de uma tamanha complexidade que não se encontra em mim agora. Estou com medo, não digo sozinha. Não estou solitária, e muito menos sendo mal amada. Também não me encontro rejeitada por este mundo, apesar de eu me encontrar longe dele por vários minutos, brisando em dimensões surreais. São estas dimensões que fazem de mim o que sou. Uma pessoa por tantas vezes fria, recoberta por esta camada falsa e espectral. Antes eu agradecia muito a este outro lado da minha realidade. Hoje, eu já não sei o que pensar sobre estas feridas presentes em lugares terminantemente não vistos. Vou dizer a elas para tentarem uma cicatrização contínua, uma vez mais. Só para eu poder dormir em paz. 

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