Páginas

A text, Relatively Short

       Meu avô, antes de morrer, disse que eu sou a pessoa mais decidida que ele já pôde ter conhecido. Em minha mente permaneceu esta afirmação, enquanto ela saía de sua boca suavemente, através de sua voz rouca. Em momento algum digo que ele esteve errado ao dizer isto, e talvez este seja o motivo de eu estar usando um Talvez. Ninguém pode viver uma vida sem uma indecisão qualquer, ou ficar fugindo de tantas delas. É certo que, é fácil você encarar as coisas com um não, ou com um sim, ao invés de ficar no meio termo. Odeio a metade. Talvez odiar seja uma palavra um tanto forte, porém é a única que me serve agora.
        Vai fazer praticamente 5 dias que eu não durmo. Não é algo normal, eu sei. Eu posso precisar de uma ajuda e não estar sabendo. Embora eu tente dormir, é como se eu pudesse ouvir ecos toda vez que eu deito. Esta falta de sono exacerbada tem mostrado para mim o quanto um ser humano pode ser indeciso perante ao que lhe trás medo. Eu quero dormir, sinto meu corpo implorando, porém não quero terminar como da ultima vez. E é nessa parte que entra a minha fragilidade. 
                 Não afirmo aqui, que entendo sobre estes dois fatores citados acima: Indecisão e Medo. Acredito que, são duas coisas que não poderemos entender completamente durante toda nossa vida. Porque somos indecisos? Ou, porque temos medo? São incertezas de um determinado tempo. Tenho irrevogavelmente a vontade de compreender, de super entender tudo o que há comigo agora. O porquê de eu não estar conseguindo chorar, o porquê de eu estar extremamente fria com pessoas que eu deveria mostrar afeto. Por estes dias, eu tenho tentado encontrar a Dayane que fazia parte de mim. 
     Não é um texto dramático ou melancólico. Eu não o fiz com este intuito. É apenas um curto relato, relativamente curto, de uma garota que tem buscado resposta através destas noites. Noites longas estas, que não deixam-me descansar.  

Nenhum comentário

Postar um comentário

Layout por Maryana Sales - Tecnologia Blogger