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Silent'

Se durante essa chuva fina me virem passar , façam silêncio. Depois olhem para o infinitio, eu devia ir ... feito sonâmbula, rodeada por uma nuvem de tristeza, pois meus olhos não enxergam mais. Devo estar cega a tudo o que parece ser verdade, essa verdade negra, essa verdade que não parece. 
                                     Comprem rosas... desfolhe-as. Será minha primeira melancolica passagem, e se puderem em silêncio. Que parem o trânsito, que calem as buzinas, que ouçam meus passos. No ritmo da solidão, na cor da saudade . No cheiro de Adeus.
                Minha vida era sua vida. Sua morte era minha morte.
Se possível, acenda as luzes, para que desapareça esta sombra triste que me segue. De ombros curvados... de cabeça baixa. Não tentem guardar as lagrimas em pequenos frascos de opalina*, nem mesmo manda-las ao dono. 
      Poesia soa como sons de automoveis, não percebo.
Eu sou aquela que nasceu do desespero, do choque.
       Eu era aquela que fazia suas pernas caminharem, eu era o motivo da criação dos seus braços.. Eu era aquela que você amou no seu tempo e que amaria na sua eternidade. Única e impretérita.
                 Era.
Não sinto, agora, o meu caminho, não reparei na previsão do tempo, nem na cor do céu. Não pensei num programa pra noite.
        Não reli as mensagens do mês.
Parece que não existo, nem respiro.
             Eu sei que os perigos eram enormes.,, e o amor de repente de tão grande, tornou tudo frágil, extremamente frágil. 


* Opalina : Pedra preciosa que tem cor leitosa e azulada, e exposta a luz, apresenta cores vivas.

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