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Eu já senti a morte me gritando friamente. Já consegui sentir a dor do pecado em minhas asas traçoeiras. Eu já quis fugir da minha vidinha de merda, mas vejo que sem ela nao existe o meu eu. É triste acordar em algumas manhãs olhando para o breu dos meus proprios medos, ou dormir querendo nao acordar. Já pensei em sussurrar no ouvido das minhas próprias alucinações, contudo, seria decepcionante se eles conseguissem realmente me ouvir. 
             Sonhos... meramente estreitos e calculados dentro da mente de uma garota de 14 anos, sozinha em seu próprio mundo fantasmagórico. Ela quer acreditar que tenha alguém ao seu lado, mas ela tem suas razões para achar que ninguém merece sua confiança como devia. Esta garota já conseguiu ser chamada de estranha e isolada, e ela conversa com seu reflexo todos os dias mesmo sabendo que pode não ter ninguem do outro lado, a não ser ela mesma. O ruim dos sonhos é que não podem ser verdade, e o pior ainda, é que podem ser. 
                Sempre tem alguém me dizendo que eu tenho que aproveitar a vida o máximo que eu conseguir, porque o tempo nao volta. Algumas pessoas me fazem sentar e fazem aquela pergunta: Do ano que se passou, voce se lembra de alguma coisa que voce tenha feito, e que voce tenha se divertido? A resposta é nao, eu sei, você é assim... Mas nunca ninguem me pergunta: Você está feliz sendo do jeito que voce é? São incalculáveis as teorias que tenho sobre a minha vida, e sobre o jeito que tenho que vive-la. Não sinto vontade de ir no shopping, nem no cinema, ou muito menos ficar rodeada de pessoas falsas , cheias de assuntos altamente desinteressantes pra mim. Pessoas não são atenciosas, e acabam achando que tem tudo em si, mas acabam no nada. É dificil adivinhar a psicologia do ser humano, prefiro não tentar porque sei que nao encontraria o fim. 

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